sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

O tripé da riqueza


Um dos principais desejos do ser humano é a liberdade de escolha. Nem todos a possuem, por motivos diversos. Um destes motivos, logicamente, é o aspecto financeiro. Mas por que este lado da liberdade de escolha, que é a adquirida através da independência financeira,  se manifesta mais para uns do que para outros?

Ao contrário do que possa parecer, acredito que existe uma forma, ou um caminho, para conquistar essa liberdade. Podemos provar isso através de estatísticas: mais de 80% dos considerados “independentes financeiramente” são de primeira geração, ou seja, não herdaram nenhum tipo de fortuna, bem ou influência que os colocassem nessa condição. Mas como essas pessoas conquistaram isto? Quais decisões elas tomaram para atingir este status?

O propósito deste post é ajudar a enumerar essas decisões; traçar um caminho que leve o cidadão comum à riqueza financeira, independente de sua profissão; um ponto de partida que pode começar a partir de hoje.

Para começarmos, caracterizo os itens abaixo como os fundamentos da acumulação de riqueza:

  • Ganhar dinheiro de alguma forma;
  • Gastar menos do que se ganha; 
  • Investir de maneira inteligente;

Cada um destes itens exige um aprendizado inicial, que não é imediato e nem é fácil. Dada a tamanha dificuldade, muitas pessoas não conseguem praticar os 3 passos: pior do que isso, a grande maioria só consegue praticar o primeiro, e há quem não consiga praticar nenhum.

Indo mais adiante, percebo que os 3 passos da acumulação de riqueza podem nos revelar muitas coisas: é comum conhecermos pessoas que praticam muito bem um dos passos isoladamente. Estas pessoas se tornam notáveis nas suas áreas de atuação, mas não se tornam independentes financeiramente.

Os que são notáveis apenas no primeiro passo entendem que o que realizam profissionalmente é o que há de mais importante para conquistarem a sua independência financeira, e  o resto será conseqüência. Geralmente, este grupo “trabalha bastante”, mas vive com a sensação de “não estar saindo do lugar”, em termos financeiros.

Os que são notáveis apenas no segundo passo conseguem levar uma vida controlada, mas vivem com o sentimento de medo de perder o que conquistaram. Muitas vezes, para serem bons no que fazem, abrem mão do conforto, do lazer e do desejo pessoal.

Os que são notáveis apenas no terceiro passo vivem com a pulga atrás da orelha: levam uma vida de idas e vindas, pois sabem como fazer o dinheiro crescer, mas nunca têm dinheiro suficiente para conseguirem a tranquilidade financeira.

Os 3 passos da acumulação de riqueza nos revelam mais uma informação valiosa: é melhor ser mediano nos 3 passos do que notável em 2 passos.

Os 3 passos funcionam como um tripé que precisa ficar em pé: é melhor um que seja baixinho e atarracado do que um grande mas sem uma perna.

Podemos dizer também que o primeiro passo é o originário, o segundo passo é o de amadurecimento, e o terceiro passo é o evolucionário.

Por ser evolucionário, o terceiro passo é o mais poderoso, pois nos permite ir mais além de onde nos encontramos. É o “elevador” da escala de riqueza.

Minha mensagem final: "Não pense apenas no seu salário, pois na matemática financeira o expoente é muito mais importante do que a base!"